Ônibus Itinerante SerEstar

O Projeto é uma oportunidade singular para denunciar contra a centralidade dos investimentos culturais que é responsável pela exclusão de regiões periféricas, além da critica sobre os meios de transporte que representam um obstáculo cotidiano na cidade do Rio de Janeiro, que impossibilita grande parte de sua população, que é desfavorecida, a ter acesso à outras localidades e diferentes conhecimentos, gerando imenso desrespeito. Em contraponto, o projeto seria a ação de um fluxo inverso, que valorizasse as regiões periféricas como parte da cidade e modificasse o itinerário de encontro à cultura. A cultura é que retornaria à sua origem a partir de um ônibus itinerante com designer adaptado para realizar residências artísticas com durações anuais nos territórios marginalizados que realizem também intercâmbios com moradores de outras localidades. O ônibus SerEstar teria dois andares com camarins, armários e banheiro, além de espaços centrais adaptáveis para realização de diversas atividades como oficinas, cinedebate, espetáculos, danças, dentre outras, concebidas por membros das regiões periféricas, mediante inscrição presencial e online para a rotatividade de participantes. O ônibus também levaria seus integrantes para apresentações e visitas em outros locais com intuito de estimular outros conhecimentos e troca de saberes. Todas as atividades seriam gratuitas, financiadas via crowndfunding e patrocínio, com faixa etária de público alvo dependendo dos movimentos artísticos, gerando respeito devido a integração à cidade diante o estímulo e acesso cultural. O Serestar serve como uma ousada oportunidade de inversão de valores, onde o objeto é ressignificado e o não local torna-se local, fazendo com que a comunidade marginalizada atendida possa ser valorizada conseguindo ``viajar`` em seu próprio território, capaz de tornar-se um novo centro a partir do designer como uma ferramenta de mudança política e social, com base critica aos desafios do sistema intermodal e descentralização dos investimentos culturais.

Bianca Letícia Granja Vale
Experiente como produtora geral e atriz do espetáculo ''Loucura sim, mas Tem Seu Método'' de Shakespeare (2013 - 2015) da Universidade Popular de Arte e Ciência, ainda membro.
Cursa Graduação em Produção e Gestão de Eventos na UNESA e Iluminação Cênica pela Escola de Arte e Tecnologia Spectaculu.

Apoio Institucional
Universidade Popular de Arte e Ciência - UPAC
Rede colaborativa, que propõe uma ciência intuitiva que considera a importância do ato criador e onde criação não se separa da invenção. Onde a poesia e a cultura popular revelam a beleza do conhecer que gera luz, faz nascer novas possibilidades de transformação do cotidiano em suas complexidades.
http://upac.com.br/